segunda-feira, 5 de abril de 2010

' 2001: uma odisséia no espaço '


A super produção do diretor Kubrick ao lado de Arthur Clarke em “2001: uma odisséia no espaço” nos remete a várias associações. Entre algumas está a relação homem e trabalho. Um clássico lançado em 1968, um ano antes do homem ir a Lua pela primeira vez, mostra que o diretor tinha uma grande visão em termos de evolução.
Toda a transição da pré-história até o ano de 2001, mostra ao público a relação feita pelo homem nos sentidos de elaboração, descoberta e criação. Quando o macaco encontra o osso e descobre que este pode ser usado com várias funções, muito além de sustentar o corpo humano, ela deixa de ser somente caça e se torna caçador. A viagem que o homem faz de um planeta a outro também nos remete a idéia de evolução, ou seja, a capacidade de criar formas que alcancem necessidades, como uma viagem ao espaço, mostrada no filme.
Mesmo de maneira bem surreal, complexa e psicodélica, Kubrick consegue unir a lentidão causada pela gravidade e as musicas clássicas formando uma perfeita valsa espacial. Dentro disso, expõe a capacidade de elaboração e raciocínio que o homem desenvolveu e que é a base do conceito de trabalho. O trabalho, como modo de produção aparece no filme de forma alienada, em que o ser humano cria uma máquina com sentimentos (HAL 9000) capaz de realizar qualquer função humana e que tenta, por fim, acabar com seu criador.
Desta forma, a odisséia Kubrickiana conseguiu fazer parte de seu público refletir sobre esta relação, digo “parte”, pois muitos espectadores ainda acreditam que nada no filme faz sentido. Mas tal característica é autônoma do diretor que não quis entregar nada mastigado a nós. Depois de 40 anos de seu lançamento, “2001: uma odisséia no espaço” ainda mostra que mesmo com toda a evolução ocorrida desde 1968, o futuro não trouxe completa explicação da natureza e da total relação entre ela, o homem e trabalho.
É um classico! Quem ainda não viu, vale a pena assistir ...
Bárbara Felix Toledo

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