segunda-feira, 19 de abril de 2010

Como dizia Caetano : “Gente é pra brilhar e não pra morrer de fome”

Milhões de pessoas no mundo todo sofrem com o desconforto da fome. Ela é motivo de muitas mortes todos os anos, sendo que o mundo joga comida no lixo todos os dias.
O capitalismo global é o que mais contribui pra isso tudo. Ele acaba por transformar as pessoas em algo insignificante, sendo que viemos a esse mundo pra brilhar e não pra morrer de fome. A desigualdade encadeada ao capitalismo faz com que aqueles que podem possuí-lo, ou seja, que tem poder e dinheiro, sejam os únicos capazes de obterem o verdadeiro sucesso e o seu lugar na elite social.
Gerar a exclusão e a miséria, transformando pessoas em indigentes , vem se tornando algo comum. O que não era pra ser, pois as políticas sociais e grandes ONGs trabalham na finalidade de diminuir consideravelmente o número de pessoas que sofrem com os “terrores” do mundo atual.
O que vem acontecendo, é que mesmo com os trabalhos em função da melhoria de vida da população mundial, a escala entre as desigualdades vem se alargando e tornando quase que impossível o bonito trabalho daqueles que lutam para alcançarem uma realidade diferente da que vivemos.
Cada pessoa vem ao mundo com uma finalidade, seja pra fazer o bem ou mudar a vida de alguém. Mas isso não está sendo cumprido. As pessoas estão perdendo seu encanto e seu brilho por causa do capital e da manipulação. Não vamos deixar isso tomar conta do mundo e acabar com a essência do ser humano. Temos que continuar sendo movidos por emoções e sentimentos, não podemos nos transformar em máquinas de mover e contar dinheiro.
Bárbara Felix Toledo
Foto: Quadro "Os Retirantes" de Cândido Portinari

segunda-feira, 5 de abril de 2010

" É proibido fumar ... "



Os usuários do tabaco sabem que fumar traz malefícios à saúde, ocasionando doenças seguidas por mortes. No entanto, milhares de brasileiros continuam a consumir o cigarro e se tornam mais dependentes dele. Porém, o fumo não gera problemas somente ao usuário, mas também a quem convive com ele.
Essas pessoas que convivem com fumantes, os chamados fumantes passivos, muitas vezes não sabem que estão sendo prejudicados pela fumaça e quando sabem, evitam-na. Isso não nos faz, portanto, obrigados a “emprestar” nossos pulmões saudáveis aos que fumam para que sejamos destruídos por essa toxina tão prejudicial. Todos os fumantes ativos precisam entender que se querem continuar com esse vício terrível, é necessário ir a um lugar apropriado onde só sejam acompanhados por outros fumantes.
Proibir o fumo em todos os ambientes coletivos fechados, público ou privado é uma lei federal. Os tabagistas deverão fumar somente ao ar livre, em fumódromos ou em suas casas para que assim, não corramos o risco de ser prejudicados por pessoas conscientes de todo esse mal.

Bárbara Felix Toledo


Prólogo


“Vi que a vida não é tão fácil como se parece. Vi a dor de um coração partido, ou melhor, senti. Vi que as coisas não funcionam como queríamos que funcionassem. Vi que a única certeza que temos na vida é a morte. Além de ver eu descobri. Descobri que expectativas são como sonhos, nem sempre se realizam. Descobri que conselhos de mãe devem ser seguidos e que as nossas mães são mais do que mães, são amigas. Descobri também que no meio de tanta coisa desagradável, para não dizer ruim, existe sempre, se algum modo, uma coisa positiva, a tal luzinha no fim do túnel. Descobri que amigos, são poucos, e colegas, muitos. Descobri que existem recomeços e reconquistas e que mal-entendidos podem ser perdoáveis. Além de descobrir eu aprendi. Aprendi que o coração pode ser preenchido várias e várias vezes e por diversas coisas e pessoas. Aprendi a reavaliar meus conceitos. Aprendi que é preciso ter amor-próprio, preciso não, necessário. Aprendi que orgulho é do homem e humildade é humano. Aprendi que apelos fazem parte da vida e que um NÃO é muito mais um SIM quando usado de forma correta. Aprendi que Deus é infinito e quando você acha que não, ele está te escutando mais do que você imagina e atendendo nossas preces. Aprendi a acreditar e acredito no aprendizado. Acredito que tudo que acredito hoje vai mudar com o tempo. E que, no futuro, talvez, eu acredite em menos coisas. Ou em nada mais. ''

Bárbara Felix Toledo

Meu Planeta


Há constelações e rumores
Há planetas e ilusões
Eu me encontro na Terra
Mas há uma astronomia que invade meu peito.


Eu não estou em mim mesma
Aliás, eu não estou em lugar algum
A gravidade que me sufoca
Me prende no labirinto do espaço.
Não do espaço, espaço
Mas da minha alma espaço,
Do meu planeta Alma.


O homem conhece o desconhecido
Mas isso não seria uma contradição?
O homem chegou à Lua
Mas nunca pisou no seu próprio chão.

Bárbara Felix Toledo


' 2001: uma odisséia no espaço '


A super produção do diretor Kubrick ao lado de Arthur Clarke em “2001: uma odisséia no espaço” nos remete a várias associações. Entre algumas está a relação homem e trabalho. Um clássico lançado em 1968, um ano antes do homem ir a Lua pela primeira vez, mostra que o diretor tinha uma grande visão em termos de evolução.
Toda a transição da pré-história até o ano de 2001, mostra ao público a relação feita pelo homem nos sentidos de elaboração, descoberta e criação. Quando o macaco encontra o osso e descobre que este pode ser usado com várias funções, muito além de sustentar o corpo humano, ela deixa de ser somente caça e se torna caçador. A viagem que o homem faz de um planeta a outro também nos remete a idéia de evolução, ou seja, a capacidade de criar formas que alcancem necessidades, como uma viagem ao espaço, mostrada no filme.
Mesmo de maneira bem surreal, complexa e psicodélica, Kubrick consegue unir a lentidão causada pela gravidade e as musicas clássicas formando uma perfeita valsa espacial. Dentro disso, expõe a capacidade de elaboração e raciocínio que o homem desenvolveu e que é a base do conceito de trabalho. O trabalho, como modo de produção aparece no filme de forma alienada, em que o ser humano cria uma máquina com sentimentos (HAL 9000) capaz de realizar qualquer função humana e que tenta, por fim, acabar com seu criador.
Desta forma, a odisséia Kubrickiana conseguiu fazer parte de seu público refletir sobre esta relação, digo “parte”, pois muitos espectadores ainda acreditam que nada no filme faz sentido. Mas tal característica é autônoma do diretor que não quis entregar nada mastigado a nós. Depois de 40 anos de seu lançamento, “2001: uma odisséia no espaço” ainda mostra que mesmo com toda a evolução ocorrida desde 1968, o futuro não trouxe completa explicação da natureza e da total relação entre ela, o homem e trabalho.
É um classico! Quem ainda não viu, vale a pena assistir ...
Bárbara Felix Toledo

Poema da manhã


Por você e por mim
Por tantos desejos
Por nós dois, enfim
É demasiado o que tenho

O que tenho e o que sinto
E que mesmo sendo jovem
E tão embriagada de absinto
Acabei tendo alucinações de você

O meu ser então transborda
Uma infinita projeção
E descobre que por trás daquela dor
Batia sem pensar, um coração

Ó, querer de você!
Venha ao meu encontro devagar
Pois só assim conseguirei
Dividir o sentir do não pensar
Bárbara Felix Toledo